O que podemos aprender e desaprender com as crianças sobre a cidade? Ao “des-desenhar” os nossos bairros com crianças através de processos que envolvem contra-cartografias, desenhos etnográficos, criações sonoras, desenhos animados, banda desenhada e muito mais, questionamos o conhecimento hegemónico sobre eles: abrimos um espaço em que se reconhece que todes sabemos alguma coisa e todes podemos aprender mais sobre o nosso contexto, e sobretudo que este conhecimento deve ser criado em diálogo entre diversas vivências. O adultocentrismo está profundamente enraizado nos formatos e nos espaços de produção de conhecimento sobre a(s) cidade(s), incluso naqueles que pretendem ser ‘participativos’. Como podemos nós pessoas adultas, implicadas em pensar a cidade, combater essa injustiça epistémica? A conversa propõe uma viagem por umas experiências, práticas e muitas falhas com o objetivo de criar um espaço de reflexão honesta, não só sobre pensar as cidades com crianças, mas mais amplamente sobre as dinâmicas de poder na produção de conhecimento.