O livro “Karl Marx: Legado, Críticas e Atualidade” é a expressão material mais relevante do colóquio com o mesmo nome, realizado na Universidade do Minho em dezembro de 2018, uma iniciativa conjunta entre cinco centros de investigação – o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA.UMinho), o Centro de Investigação em Ciência Política (CICP), o Centro de Investigação em Educação (CIEd), o Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2pt) e o Núcleo de Investigação em Políticas Económicas e Empresariais (NIPE).
Sinopse
Duzentos anos depois do seu nascimento, Marx continua a marcar os debates sociais e políticos contemporâneos, sendo os seus textos indispensáveis não só para compreender o capitalismo e explicar suas lógicas, dinâmicas e crises, como também para escrutinar os caminhos futuros para a sociedade humana. Num momento histórico marcado pela crise social e ambiental que atinge a humanidade e o planeta e confrontados com as desigualdades sociais e económicas entre países e no interior de cada país, o pensamento de Marx (e Engels) conhece um interesse revigorado, incluindo por parte daqueles que, não se identificando como marxistas, encontram no teórico alemão contributos decisivos para fazer o debate sobre o nosso presente e futuro comuns.
As comunicações presentes no livro, na sua diversidade e riqueza, focalizaram-se em diversas questões e temas abordados por Marx desde a análise do modo de produção e formações sociais, o trabalho e a técnica, economia e política, ideologia e utopia, o marxismo como corte epistemológico e fonte de inspiração para a pesquisa, o marxismo e o feminismo, classes sociais e injustiças, capitalismo e devastação da natureza, democracia associativa e socialismo.
Considerando os textos disponibilizados pelos participantes para publicação, optou-se, assim, por um alinhamento que procura encontrar uma linha editorialmente interessante que permita conhecer não só o que se discutiu, como dar a necessária expressão a alguns dos problemas, tópicos e objetivos que estiveram na origem do colóquio, nomeadamente os relacionados com o capitalismo e as desigualdades sociais (de classe, étnico-raciais e de género), as lutas sociais, as crises, os fracassos históricos e as perspetivas para o ecossocialismo.